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quarta-feira, 18 de março de 2009

Nota sobre o escandoloso e único Clodovil


Uma pessoa polemica justo por não medir suas palavras, como se ser filho adotivo fosse a única censura que houvera passado na vida. Após a morte de sua mãe, 20 anos atrás, sentiu-se livre para expor suas opiniões ácidas e por vezes extremamente mal educadas. Mesmo gay assumido, adquiriu um papel um tanto homofóbico para uns ao criticar determinadas atitudes da classe. Seu amor pela mãe e pelo exemplo que significou à sua vida, o fez
reproduzir em cada relação feminina esse estereótipo de mulher, causando-lhe incômodos ao responder a inúmeros processos aos quais ele mesmo nem sabia o numero exato.
Em seus momentos mais brandos, servia às tardes brasileiras com elucidações muito bem vindas para o horário, que por sua vez não tem o objetivo de instruir a um único espectador. Com gosto refinado, fazia de sua delicadeza um traço registrado caricaturado por muitos humoristas. Quando em declínio, como bom marketeiro, arrumava uma maneira de se colocar na mídia novamente. Terminou sua carreira na Tv de uma maneira bem feia, exibindo gestos obscenos ao então apresentador no Pânico na Tv e falando mal da Mont Blanc presenteada na ocasião de seu aniversário, pelo Presidente da emissora. Não sei muito a respeito de sua carreira como Deputado, mas me recordo que mesmo virando um político ele não deixou seu glamour de lado ao transformar seu escritório em arte para as revistas de decoração. Podem chamá-lo de bicha afetada, estúpido, maluco, mas ele merece toda a consideração pelo que representou ao Brasil. Partiu da maneira que sempre se apresentou. Com aquela sua forma blasé de ser e fazendo sua ultima ação ao doar seus órgãos,que infelizmente se resumiram somente aos córneas por problema de sua morte.
Faço aqui minha homenagem a essa pessoa sem meio termos: Ame ou odeie, esse era o dilema de Clodovil. Afetar e ser afetado porque só assim a vida tem sentido.
Encerro ao som de ROD STEWART – NO SEU ALBUM: AS TIME GOES BY... THE GREAT AMERICAN SONGBOOK VOL. 2, artista que ele gostava e que passei a admirar também.

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Tags: Morte, homossexual, Clodovil

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