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quinta-feira, 7 de maio de 2009

'Barebacking' cresce no Brasil e torna-se caso de saúde pública; A roleta russa do sexo sem limites



Fiquei perplexa quando li uma noticia, hoje pela manhã. Nem era uma noticia atual, prestes a sair das fornalhas dos jornais, entretanto, mais do que atual para mim e tenho certeza que para muitos.
Barebacking, conhecem?

Com muito lamento apresento-lhes a mais nova moda entre os “feticheios-sado-masoquistas -suicidas”. Criei essa categoria porque nenhuma outra poderá acondicionar essa prática. Pois então, trata-se de uma prática sexual, em forma de orgia, realizada em festas, onde pessoas saudáveis se relacionam sexualmente com outras, sem o uso de preservativo, podendo essas serem soro positivas ou não. Todos os presentes estão conscientes dos riscos e sabem que podem sair dali contaminados. Justificativa para os praticantes: A liberdade sexual eterna sem camisinha!

Stop! Não estou falando de praticantes sem instrução. Tratam-se de pessoas bem instruídas,diga-se de passagem, mas que não sabem, ou ignoram o fato de que ser soro positivo, não é sinônimo de liberdade sexual sem camisinha, mesmo porque se mantiverem relações com pessoas infectadas, os vírus podem reagir entre si e ambas morrerem! Esses praticantes são tão ignorantes quanto qualquer outro que mal sabe assinar seu nome.

Essa festa iniciou-se no reduto gay da Califórnia, sem registro de sua motivação, mas que chegou em terras tupiniquins como um estopim. Não é uma pratica restrita ao publico gay masculino, mesmo porque Aids deixou de ser doença gay faz tempo. Atualmente a doença concentra-se mais entre mulheres casadas.

Geralmente essas festas são restritas e combinadas entre membros participantes de um grupo. Traje oficial envolve não mais que uma toalha, ou se quiser, como veio ao mundo.
Afirmam os praticantes que drogas são proibidas, somente o consumo de bebida é liberado.

Volto e repito para deixar bem claro aos homofóbicos de plantão. Essa prática não é restrita ao publico gay. Lamento por esse retrocesso e pelos ativistas gays que devem estar se contorcendo ao vivenciarem essa situação. Lutaram tanto para desvincular a homossexualidade do Vírus e da própria promiscuidade que agora esses praticantes estão entregando de bandeja toda essa homofobia aos partidários. Mas consigo vislumbrar um outro nível, a de que ninguém tem que julgar ninguém por seus atos, afinal de contas, pratica-se sexo sem camisinha quem quer ou infelizmente aqueles que não tiveram opção em função de algum abuso.

Promiscuidade e insanidade existem em todos os grupos sexuais e não é restrito aos gays, entretanto, ficaram vinculados em função da disseminação da aids e basta uma noticia dessas vir a tona, que todo esse ranço vem de companhia.

Lendo a respeito do assunto, entrei em contato com noticias que desconhecia, dentre elas a de que em muitas saunas e grupos de orgia e o uso da camisinha caiu em desuso. Pasmem, virou caretice!!!


O que pensar a respeito da motivação entre os participantes?
“O que impulsiona uma pessoa saudável a querer se infectar conscientemente em razão de uma ilusão de amor livre”. Ha muito ouvia essa frase: Quem vê cara não vê aids. E isso é fato! Aids não tem cara. Qualquer um pode ter. Aquele cara q senta ao seu lado no ônibus, seu vizinho, seu colega de trabalho, de faculdade, enfim, não há um RG para portador.

Esses praticantes reduzem a Aids a uma diabetes. É uma doença grave, mas nada que uns remédios não solucionem. “Melhor ter Aids do que ser escravo eterno de um pedaço de plástico”. Santa ignorância!

Percebem que trata-se de uma roleta russa do mundo moderno, ou terei que dizer, do mundo da era do conhecimento adoecida?

Quanto mais leio sobre o assunto, mais questionamentos me invadem. Confesso que fiquei abalada e pensando no futuro. Penso naqueles que cegos ou iludidos pelo amor por um desses praticantes de Barebacking , aceitam e submetem seus corpos ao prazer sem proteção. Supostos “inocentes” entrelaçados pela teia adoecida dessas pessoas que me soam como “pastores” em busca de um rebanho. Apresento essa versão porque os praticantes, em sua maioria, são pessoas bem sucedidas, bonitas, ditas saudáveis e livres. Essa imagem encanta as cabecinhas ocas de plantão,

Que espécie de mundo é esse que criamos, onde as pessoas precisam criar mecanismos suicidas para sentirem prazer de viver?

A morte atrai mais do que a possibilidade de viver, ou devo dizer que já são pessoas mortas em vida?

Egoísmo e sadismo dos portadores de HIV em disseminar essa merda de vírus alimentado pelo desejo de morte camuflado de liberdade dos ditos saudáveis?!

Liberdade sexual ou morte compartilhada?


Enfim, leitores, volto com mais noticias, porque irei atrás dessas motivações.


Um blog que acompanho: Escreva Lola Escreva, também postou sobre o assunto- Leia mais



Noticia Jb: Barebacking cresce no Brasil e torna-se caso de saúde pública

Noticia da veja on line: Nas festas, o risco de pegar a doença ajuda a aumentar o prazer

Bareback: sexo anal sem preservativo Por Paulo Bonança Membro da SBRASH (Sociedade Brasileira de Estudos da Sexualidade Humana)



2 comentários:

  1. Eu nunca vi, não comi, eu só ouço falar...

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  2. Nossa, é realmente uma roleta russa isso ae,
    tomara que não vire moda entre os jovens, imagine o que eles podem pegar com isso, até imagino! Aids

    Muito bom o seu blog, está sempre com assuntos atuais!!

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