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quarta-feira, 22 de abril de 2009

RETRATO DA EDUCAÇÃO BRASILEIRA: professor se descontrola em plena sala de aula

LIGUE O SOM!

Lendo o desabafo de uma professora, lembrei-me desse vídeo . Em épocas de agressões e falta de respeito a professores, vemos uma cena ao inverso.Na minha áurea época de colégio, jamais poderia imaginar que isso pudesse acontecer. Estudava em um colégio que estava mais para o exército do que para uma instituição de educação civil. Nem estou falando do celular, que nessa época estava mais para ficção científica do que realidade, mas da falta de respeito propriamente.
Professor era realmente uma figura imponente a ser respeitada em sala de aula, e aí do aluno que não o fizesse. Suspensão e carimbão na caderneta estavam ai para isso. Hoje em dia ainda existe caderneta?

Pudera também, sou de uma época em que as pessoas iam as discotecas; ainda com 18 anos vc encontrava amigas que eram virgens; curtia-se festa americana, usava-se calça de bali e top; Havaiana era chinelo de pobre e a onda era Kenner de todas as cores e por falar em cores, que tal aquelas calças de várias cores? Cinema era na rua e Mc Donnalds só quando íamos a Disney. Trabalho de escola era feito na cartolina e escrito no papel almaço com pauta. Computador? Isso não fazia parte de nosso vocabulário, como tb blog, orkut etc… O quadro negro era realmente negro e fazia-se guerra de giz no intervalo. O máximo que arriscávamos era tacar papel higiênico molhado no teto do banheiro para ver se caia na cabeça de alguma inspetora chata que nos atormentava. As mais velhas arriscavam umas baforadas no banheiro, mas se fossem pegas era um escândalo daqueles. Brincávamos na rua, de pique, soltávamos pipa, fazíamos cerol, conhecíamos nossos vizinhos e muitos eram nossos melhores amigos; Jogávamos atari, com aqueles joguinhos que hoje não interessa nem a uma criança de 2anos e víamos os desenhos da Xuxa.

Parece que falo de muito tempo atrás, mas não acho que 15 anos seja um tempo assim, tão considerável,para provocar uma mudança drástica dessa forma, nos padrões de comportamento.

Entretanto provocou. A minha geração, que atualmente são os pais desses pequenos vândalos, cospem seus filhos para o mundo. Criação não faz parte de seu vocabulário. Pais terceirizam a educação para professores e escolas e como esses não tem que tomar para si a responsabilidade, o problema se instaura. Crianças crescem implorando por limites e cadê a palmadinha que deveria ter sido dada naquele exato momento? Mas não, minha geração foi aquela que cresceu debaixo de porrada de cinto, chinelo, vara etc… na nossa época, não tinha essa historia de que em criança não se bate. A pancadaria reinava.. mas depois foram dizer que em criança nao se bate..e passou a ser vergonhoso um pai dar uma palmadinha em seu filho birrento.
Enquanto isso, somos obrigados a ir a um restaurante e torcer para que o garçon não derrube comida sobre sua roupa, porque uma miniatura de gente brinca com seus amiguinhos de empurrar garçon ou tacar fogo nos guardanapos na mesa, porque viu essa experiência no Youtube. E cadê os pais que não veem isso? Ah, sim, estão almoçando calmamente e você tentando comer e entre uma garfada e outra é interrompido pelo som estridente de "Pedro, sai daí"!!!!, "Lucas não faz isso com o moço"!!!Clara, não brinque com fogo.
Criança, adolescente ou qq ser em construção psiquica, implora por limites. Não que a palmada seje a solução, mas de vez em quando não faz mal a ninguém. Afinal de contas, estamos todos aqui, vivos e sãos. Hoje eles procuram o Juizado da infancia e juventude e processam os pais por maus tratos. C'est La Vie!


E saudosos os tempos em que os alunos ainda respeitavam e tinham admiração por seus mestres

Sociedade dos Poetas Mortos




5 comentários:

  1. Certamente sou mais velha que você, logo sei BEEEEEM do que você está falando.

    Inclusive porque passei há uns tres anos atrás pela experiência da Escola em que trabalhava não querer mais ter psicóloga, porque "a psicóloga incomodava os pais, que tirariam os filhos da escola"...

    Lembro de que, quando engatinhava na psicolgia, li vários textos de psicanálise excelentes, seríssimos, que falavam do lugar adequado (não per-vertido), ainda dentro dos limites do equilíbrio aceitável, das expressões de raiva dos pais (especialmente das mães, que ainda eram - ERAM? - as que ficavam mais tempo com os filhos), pois era lembrado que havia um teor de espontaneidade que era importante ser passado, trocado, naquela relação, para que os filhos identificassem não só o limite de suportabilidade das coisas que faziam, mas também para que identificassem os pais comoseres humanos "reais", com falhas também.

    Isso ainda parecia melhor que a identificação com "pessoas fake", com "pessoas de plástico".

    Isso ainda parecia melhor do que deixar as crianças correrem o risco de se sentirem "invisíveis", já que crianças são crianças, mas não são nada "bobas", e sabem BEEEEEM quando estão testando limites...

    Claro que o tema da POSSIBILIDADE DE REPARAÇÃO vinha logo depois; todos os envolvidos beneficiados por se sentirem humanizados, e menos coisificados...

    BJS!

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  2. Obrigada pela visita e pelo comentário!
    Curiosamente o BLOG do Groo (http://grooeland.blogspot.com/) também está tratando da nossa educação; se puder, dê uma passada por lá também.
    Esses CRP e CFPs, heim?... Caramba!
    E olha que já melhoraram prá chuchu!
    BJS!

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  3. É amigo, a situação é deveras complicada. Mas eu ainda penso que cabe uma mudança não só por parte dos alunos. Falando nesse caso escolar, lógico. Muitos dos professores também precisam de uma "reciclagem". Muitos, tem o mesmo preconceito de tratar aluno como mais um nº no diário, ou então q "aluno é tudo igual" e ñ é assim... sei que na prática é complicado e o salário de professor no BraZil é uma vergonha discarada, mas acho que é preciso dar uma mudada nisso aí. Quer coisa mais chata q ficar 5h numa sala de aula com mais 30 pessoas olhando pra nuca dum nego na sua frente?? Eu nunca gostei. Então, cabe tb ao professor fazer disso uma coisa interessante. Como? Essa é a pergunta que ecoa...

    Mas aí vamos descer mais um pouco. Pegue os "Alunos-problema" e visite seu lar. Ñ é questão sócio econômica, pq acho q os filhinhos de papai tem um lar mais "destruído" q vários de classe média baixa. Essa novela das 8 mostra um pouquinho disso. Sem estrutura em casa, ñ há cabeça q aguente. Educação SEMPRE começa em casa, não importa a classe. Esse video aí, essa escola é de classe média alta. A patricinha ali deve fazer o q quer em casa, e acha q na escola é a mesma coisa... bem feito!
    Abraço e valeu o comentário lá nas Paredes
    http://falandoprasparedes.blogspot.com

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  4. Fora todas as diferenças de respeito e disciplina que ha entre essas duas gerações, há ainda a banalização da cultura, que piora tuda que naquela época já era ruim.

    A falta de respeito que por si só já seria problemática, é completada pela falta de senso de redículo.

    Preste atenção no toque do celular da garota. Alguem que usa uma coisa dessas como toque do celular tá mesmo pedindo pra acontecer isso.

    Por essas e outras que eu tento manter meus filhos o mais proximo possivel da educação que recebi. Se vai adiantar ou não, por enquanto nao dá pra saber

    FLWS!!!

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  5. É amigos, a falta de respeito impera e na verdade ela só está sendo reproduzida dentro de sala de aula, tal qual já vemos no resto dos lugares..
    Vai no shopping dia domingo... Não existe repeito algum, seja dos adultos ou das crianças e adolescentes.. Querem o que? adolescentes educados? Mas como se os pais sao os primeiros a desrespeitarem as pessoas??

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